Porto Alegre, quarta, 24 de abril de 2024
img

O discurso de 'pobre de direita é burro' é arrogante, preconceituoso, e revela falta de empatia com a situação dramática que grande parte da população passa', diz pesquisadora; BBC Brasil

Detalhes Notícia
A classes D e E, que já sofriam com a crise econômica, tiveram situação agravada com a pandemia. Direito de imagem EPA

 

 

“Quando você está à beira da fome, sua vida está pautada por coisas muito mais concretas e mais de subsistência do que de estratos ideológicos”, diz a cientista social Esther Solano, professora da USP (Universidade de São Paulo) que estuda conservadorismo no Brasil, sobre o aumento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro detectado por pesquisa do Instituto Datafolha.

Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, o maior índice desde o início do mandato.

Solano diz que a renda emergencial distribuída pelo governo diante da crise gerada pela epidemia de covid-19 é um fator central no aumento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, já que a maioria dos entrevistados não sabe que a medida tem autoria da oposição.

Ela acredita também que a esquerda institucional está perdendo o contato com a base.

“Nas entrevistas a gente ouve muito isso, que as pessoas acham que a esquerda não está mais nos territórios, não está mais preocupada com os pobres e os trabalhadores, é um sentimento de abandono.”

Leia mais em BBC Brasil