A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) está colocando no ar mais uma peça de sua campanha contra a Reforma Tributária do governo Eduardo Leite. Depois de produzir seis encontros virtuais com as filiadas e parlamentares federais e estaduais para debater a reforma, ouvindo todo o Estado, criou um post que já está circulando e nesta terça (25) lançou, a Carta Aberta aos Gaúchos.
Defendendo seu ponto de vista contrário à Reforma, a Carta denuncia a falta de diálogo do Executivo com as entidades empresariais e debate prévio com o Parlamento e sociedade. “É mais uma tentativa de extração de riqueza da sociedade gaúcha, tudo isso para sustentar uma máquina pesada e repleta de privilégios”.
O texto que classifica o regime de urgência como “um teste para descobrir onde há resistência” imputa ao Projeto “uma drástica elevação do custo de vida dos gaúchos”. A Carta inicia dizendo que seria “bem-vinda” uma Reforma que simplificasse a forma de arrecadar tributos. Denomina como “sonho possível” um projeto que atraísse investimentos, gerasse empregos, sem pesar nos ombros dos gaúchos e diz que a “Federasul persegue esse sonho há décadas”.
Aponta ainda os efeitos danosos da pandemia sobre a economia, com críticas à política de distanciamento adotada pelo governo Leite e lembra que apoiou, em 2018 a manutenção da majoração do ICMS por mais dois anos. “A classe produtiva beira o colapso e, em vez de uma mão estendida, o que nos ofertam são mais impostos sobre o pão, os legumes, as frutas, a carne, o arroz, o leite, os medicamentos, transporte público, a erva-mate….”
Manifesta com veemência seu repúdio sobre o PL 184 “porque não suportaremos o aumento de impostos disfarçado de pacote dito inovador e moderno”. Lembra ainda que a Reforma “não passa de meras intenções, concedendo ao governo o poder de decidir fazer o que já poderia ter feito, como no caso da DIFA”.
O documento que está sendo distribuído em todo o Estado pela entidade e suas filiadas encerra pedindo a “retirada” ou “rejeição” do projeto e abertura de espaço para um amplo debate com a sociedade e Parlamento. A Federasul sugere a aprovação dos projetos de lei 185 e 186 e quer uma Reforma “não para tapar o rombo da arrecadação mas pensando no presente e no futuro do Estado”.
(veja a íntegra da Carta Aberta aos Gaúchos)