Porto Alegre, quarta, 24 de abril de 2024
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Federasul lança Carta Aberta aos Gaúchos contra a Reforma Tributária do governo Eduardo Leite

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Entidade presidida por Simone Leite pede a rejeição ou retirada do PL 184, denuncia a falta de diálogo do Executivo e propõe um amplo debate com a sociedade e Parlamento. Foto: Itamar Aguiar/Agencia Freelancer

 

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) está colocando no ar mais uma peça de sua campanha contra a Reforma Tributária do governo Eduardo Leite. Depois de produzir seis encontros virtuais com as filiadas e parlamentares federais e estaduais para debater a reforma, ouvindo todo o Estado, criou um post que já está circulando e nesta terça (25)  lançou, a Carta Aberta aos Gaúchos.

Defendendo seu ponto de vista contrário à Reforma, a Carta denuncia a falta de diálogo do Executivo com as entidades empresariais e debate prévio com o Parlamento e sociedade. “É mais uma tentativa de extração de riqueza da sociedade gaúcha, tudo isso para sustentar uma máquina pesada e repleta de privilégios”.

O texto que classifica o regime de urgência como “um teste para descobrir onde há resistência” imputa ao Projeto “uma drástica elevação do custo de vida dos gaúchos”. A Carta inicia dizendo que seria “bem-vinda” uma Reforma que simplificasse a forma de arrecadar tributos. Denomina como “sonho possível” um projeto que atraísse investimentos, gerasse empregos, sem pesar nos ombros dos gaúchos e diz que a “Federasul persegue esse sonho há décadas”.

Aponta ainda os efeitos danosos da pandemia sobre a economia, com críticas à política de distanciamento adotada pelo governo Leite e lembra que apoiou, em 2018 a manutenção da majoração do ICMS por mais dois anos. “A classe produtiva beira o colapso e, em vez de uma mão estendida, o que nos ofertam são mais impostos sobre o pão, os legumes, as frutas, a carne, o arroz, o leite, os medicamentos, transporte público, a erva-mate….”

Manifesta com veemência seu repúdio sobre o PL 184 “porque não suportaremos o aumento de impostos disfarçado de pacote dito inovador e moderno”. Lembra ainda que a Reforma “não passa de meras intenções, concedendo ao governo o poder de decidir fazer o que já poderia ter feito, como no caso da DIFA”.

O documento que está sendo distribuído em todo o Estado pela entidade e suas filiadas encerra pedindo a “retirada” ou “rejeição” do projeto e abertura de espaço para um amplo debate com a sociedade e Parlamento. A Federasul sugere a aprovação dos projetos de lei 185 e 186 e quer uma  Reforma “não para tapar o rombo da arrecadação mas pensando no presente e no futuro do Estado”.

(veja a íntegra da Carta Aberta aos Gaúchos)