Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
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Mobilizações de mulheres ganham força em Belarus e desconcertam Lukashenko; El PAís

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Enormes protestos femininos pela democracia podem significar um impulso à agenda sobre igualdade em um país onde o Estado defende um sistema patriarcal. Uma mulher segura uma foto em frente a um policial de uma pessoa torturada durante protesto em Minsk neste sábado.TUT.BY / REUTERS

 

 

As mulheres estão na primeira linha dos protestos em Belarus. Milhares delas voltaram a marchar pelas ruas de Minsk e outras cidades neste sábado para exigir o fim da repressão e a saída de Aleksandr Lukashenko. Em um país profundamente patriarcal, onde seu líder autoritário não economiza comentários sexistas e não há leis específicas contra a violência machista, muitas mulheres se descobrem agora como sujeitos políticos e de direitos. E mesmo que a igualdade de gênero ainda não ocupe um lugar substancial na agenda, suas mobilizações constantes pela democracia plantam as bases de uma incipiente onda feminista.

O primeiro protesto de mulheres surgiu de maneira espontânea em um grupo de Telegram no começo das manifestações contra a suposta fraude eleitoral, quando a repressão policial tentava sufocar violentamente os protestos e milhares de presos, em sua maioria homens, mas também muitas mulheres, relataram humilhações e torturas sob custódia. O grupo atraiu a atenção de centenas de bots e trolls e precisou ser fechado. Rapidamente, a feminista Marina Mentusova e outras lançaram o Mulheres Bielorrussas, um canal de Telegram que hoje tem mais de 12.500 assinantes e que além de coordenar marchas canaliza notícias. “Queríamos colocar o foco na situação de Belarus, mas destacando a ideia de superar o medo, mudá-lo por esperança e pelo desejo de sair para lutar pelos próprios direitos”, comenta Mentusova, diretora de eventos de 27 anos.

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