O grupo petroleiro francês Total anunciou nesta segunda-feira (28) que transferiu para a Petrobras sua participação em um projeto de exploração no Brasil, localizado na foz do Amazonas e criticado há muitos anos por organizações de defesa do meio ambiente.
No início de setembro, a empresa anunciou o encerramento de seu papel como “operadora” nos cinco setores de exploração do local. A Total estava associada ao projeto desde 2013 com a britânica BP e a Petrobras.
Nesta segunda-feira, em um comunicado, o grupo francês anunciou que “abandonará” a bacia da foz do Amazonas, após ter concluído um acordo com a Petrobras em 24 de setembro para “transferir sua participação em cinco blocos de exploração”, localizados a 120 quilômetros da costa do Brasil.
Em dezembro de 2018, o Brasil negou à Total a licença ambiental para perfurações nos blocos, por conta de “incertezas” em caso de situações de emergência. A imprensa mencionou na época “a possibilidade de vazamento de petróleo que poderia afetar os recifes de corais presentes na região, e por extensão, a biodiversidade marinha”.
A rejeição foi solicitada pelo Ministério Público e por grupos de defesa do meio ambiente. A área poderia abrigar até 14 bilhões de barris de petróleo de acordo com alguns geólogos, mais do que que a totalidade das reservas do Golfo do México.
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