O Banco Central do Brasil decidiu por unanimidade manter a SELIC em 2%. O colegiado do BCB entende que é necessário o estímulo monetário no atual patamar, mas vincula 3 condições para manter a taxa no atual patamar, a saber:
1-) as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, encontram-se significativamente abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária;
2-) o regime fiscal não foi alterado;
3-) e as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas.
Acreditamos que dada a evolução recente do câmbio e os efeitos de segunda ordem na inflação ao consumidor via IGP-M por exemplo (este deve fechar 2020 em 20%) irão alterar as condições 1 e 3.
Trabalhamos com a hipótese que o ministro da economia Paulo Guedes não irá conseguir disciplinar – por assim dizer – o mundo político e que uma eventual segunda onda de Covid no Brasil durante o verão irá forçar mais gastos o que pode comprometer a condição 2.
Mantemos nosso cenário de alta da SELIC na segunda reuniao de 2021 fazendo que esta chegue em 4% ao final do ano que vem.