Porto Alegre, domingo, 29 de setembro de 2024
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Rejeição a Trump coloca o republicano Arizona ao alcance dos democratas; El País

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Uma aliança a favor de Joe Biden está sendo formada e reúne de conservadores moderados ao ativismo latino no Estado tradicionalmente republicano, O juiz Dan Barker (de camisa branca), em uma manifestação do grupo ‘Republicanos por Biden’ em Phoenix.ROBYN BECK / AFP

 

 

Peg Bohnert garante que as amigas com quem sai para passear decidiram votar no democrata Joe Biden, assim como ela, na próxima terça. Tem outra que não, diz, mas não falam do assunto. Bohnert tem 73 anos, é viúva e mora em um agradável condomínio em Scottsdale, um bairro rico do norte de Phoenix, Arizona. Este lugar dos Estados Unidos é profundamente republicano, como ela, que votou em Donald Trump em 2016. Mas neste ano, quando decidiu apoiar Biden, falou disso ao padre de sua paróquia, que lhe disse que não havia motivo para se preocupar, que tinha de ficar firme, mesmo que algumas pessoas lhe virassem as costas por apoiar o democrata. Bohnert não se entusiasma em votar em um homem mais velho do que ela (Biden tem 77 anos), mas quer um pouco de “decência, honestidade, bondade e empatia”.

O Estado do Arizona teve uma relação contraditória com o fenômeno Trump. Foi aqui que, pela primeira vez, no verão de 2015, se percebeu que o candidato era capaz de encher os lugares de gente entusiasmada com seus comentários racistas. Gente que, no entanto, não comparecia aos eventos de outros políticos republicanos. O senador republicano John McCain chegou a dizer que Trump havia “inflamado os loucos” do partido. O que aconteceu depois é sabido. Um Trump ofendido respondeu que McCain não era um herói de guerra porque “tinha sido capturado” no Vietnã. O comentário indignou o Partido Republicano, mas deu na mesma. E aqueles “loucos” levaram o magnata à Casa Branca. Enquanto isso, a relação entre Trump e McCain se deteriorou, a tal ponto que, já como presidente, Trump não foi convidado para o enterro do senador em setembro de 2018.

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