O Irã executou neste sábado (12) o ex-líder da oposição Ruhollah Zam, que viveu no exílio na França e participou de protestos contra o governo iraniano. “O ‘contra-revolucionário’ Zam foi enforcado pela manhã após a confirmação de sua sentença pela Suprema Corte por causa da” gravidade dos crimes “cometidos contra a República Islâmica do Irã”, disse a televisão estatal iraniana.
O porta-voz da Autoridade Judicial iraniana, Gholamhosein Esmaili, indicou na terça-feira que a instituição havia decidido “há mais de um mês” sobre o caso Zam e confirmou “o veredito [anunciado em junho pelo] tribunal revolucionário” em Teerã.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, que descreveu Zam como um “jornalista e dissidente”, considerou que a confirmação da condenação mostra que a República Islâmica usa cada vez mais “a pena de morte como arma de repressão”, que chamou de “terrível ”.
A Ong exortou a União Europeia a intervir rapidamente perante o guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, para cancelar “o veredito cruel”.
A organização de defesa de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que acusou o Irã de ter sequestrado Zam quando ele estava no Iraque para julgá-lo no país, expressou no sábado sua “indignação” com a execução da sentença.
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