Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Bolsonaro usa empresas públicas para manter aliados, mas gera temor no mercado; Correio Braziliense

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Com a nomeação do general Silva e Luna na Petrobras, mais de um terço das companhias dependentes do Tesouro estará na mão de militares. (crédito: CB/D.A Press)

 

 

Depois de deixar o mercado em pânico com a interferência na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro tentou mostrar que continua comprometido com a agenda liberal, levando os projetos de privatização da Eletrobras e dos Correios ao Congresso Nacional. O gesto, no entanto, não convenceu. Bolsonaro continua dando sinais de que quer “meter o dedo” nas estatais e tem usado as empresas públicas para manter seus aliados por perto. Com a nomeação do general Joaquim Silva e Luna para a Petrobras, mais de um terço das estatais dependentes do Tesouro estará na mão de militares.

Hoje, o governo federal conta com 188 empresas estatais, que empregam quase meio milhão de pessoas e movimentaram R$ 2,3 trilhões em 2019 — último dado anual disponível no Boletim das Empresas Estatais Federais. Dessas empresas, 142 têm controle indireto da União, como as subsidiárias da Eletrobras e da Petrobras. Já as outras 46 são administradas diretamente pelo governo e deixam claro, pelo quadro de funcionários, que o controle político das estatais ainda é uma realidade no país, apesar do discurso liberal de redução do Estado e da abertura da economia do ministro da Economia, Paulo Guedes. É que 15 dessas 46 estatais são controladas por militares e outras três foram entregues a nomes do Centrão, que já demonstrou interesse em ocupar mais cargos no governo.

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