Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Demonização da mídia eleva ataques a jornalistas na Europa, dizem entidades; Folha de São Paulo

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KArina Borisevich, 36, foi condenada a prisão por ter feito reportagem que desmentia versão da polícia sobre a morte de um manifestante/Reuters

 

 

No Reino Unido, o filho recém-nascido de uma repórter investigativa é ameaçado de estupro. Na Alemanha, jornalistas que cobriam manifestações são espancados. Na Itália, o presidente da federação de jornalismo sofre tentativas de hackeamento. Na Holanda, uma TV contrata seguranças para proteger suas equipes em manifestações.

Multiplique por 100 e esses exemplos chegarão às quase 400 ameaças contra a liberdade de imprensa acompanhadas no ano passado pelo Media Freedom Rapid Response (MFRR), entidade criada para oferecer apoio a jornalistas ameaçados.

O número real de agressões é maior, porque a entidade acompanha apenas os 27 países da União Europeia (UE) e os cinco candidatos a fazer parte do bloco (Macedônia, Montenegro, Turquia, Sérvia e Albânia). Além disso, muito casos não são denunciados.

“Há motivos de preocupação em todo o bloco europeu, e o ambiente é crescentemente hostil”, diz Nik Williams, coordenador do MFRR. No relatório mais recente com divisão por países, que cobre de julho a outubro de 2020, foram 50 jornalistas atacados apenas nos três maiores países da União Europeia: 31 na Alemanha, 7 na França e 12 na Itália.

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