Porto Alegre, sexta, 11 de outubro de 2024
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Boom de commodities deve trazer de volta superávit nas contas externas após 14 anos; O Estado de São Paulo

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Commodities Preço da soja subiu como o de outras commodities. Foto: Ivan Bueno/ APPA

 

 

Com um novo boom das commodities (produtos básicos, como petróleo, grãos e minério) no mercado internacional, o Brasil deve voltar a fechar em 2021 as contas externas no azul após 14 anos. De acordo com o Banco Central, depois de um rombo de US$ 12,5 bilhões no ano passado – já considerado baixo para os padrões brasileiros – a estimativa é de saldo positivo de US$ 2 bilhões em 2021, o primeiro superávit desde 2007.

A conta de transações correntes no balanço de pagamentos engloba todos os negócios do Brasil com o exterior, incluindo o saldo comercial de mercadorias e serviços, as remessas de lucros e dividendos e os juros pagos pelas empresas, além das transferências pessoais.

A última vez em que o resultado ficou no azul ocorreu no boom global das commodities do começo deste século, quando o Brasil registrou superávits por cinco anos consecutivos a partir de 2003. Até o fim do ano passado, o BC previa um novo déficit de US$ 19 bilhões nas contas externas para 2021. Mas, com o aumento nos preços das commodities que o Brasil produz, o BC elevou a projeção de resultado em US$ 21 bilhões, para saldo positivo de US$ 2 bilhões.

Com as estimativas para as contas de serviços e de renda primária praticamente estáveis, a grande diferença veio na projeção para a balança comercial em 2021, que passou de superávit de US$ 53 bilhões para US$ 70 bilhões. Se o valor se confirmar, será o maior da história para o saldo comercial medido pelo BC. Pelas contas da instituição, somente as exportações devem alcançar US$ 256 bilhões este ano, superando o recorde de US$ 253,185 bilhões de 2011.

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