Porto Alegre, domingo, 12 de maio de 2024
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Horror em Santa Catarina: rapaz que atacou creche é “introspectivo” e “vinha maltratando animais”; El País

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Jovem matou a facadas três crianças e dois adultos em escola de Saudades, próximo a Chapecó. “É uma cidade pacata. Estamos chocados”, diz secretário da cidade. Bebê segue em estado gravíssimo. Familiares diante da escola Aquarela, em Saudades, Santa Catarina, alvo de ataque.LIAMARA POLLI / AP

 

 

Assim que souberam que um jovem de 18 anos matou três crianças e dois adultos na escola infantil Aquarela, em Saudades, Santa Catarina, pais como Márcio Otair Hart saíram em disparada à procura de seus filhos. Eram cerca de 10 horas da manhã desta terça-feira. “Foi uma loucura porque começaram a pipocar várias informações em grupos de WhatsApp, dizendo que o autor teria conseguido fugir e ir para outras escolas”, disse Hart, secretário de Administração de Saudades, ao EL PAÍS, enquanto escrevia o decreto de luto oficial da cidade pelas vítimas. Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, a agente educacional Mirla Renner, de 20, e três crianças morreram no ataque: Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e sete meses, Ana Bela Fernandes de Barros, 1 ano e oito meses e Murilo Massing, 1 ano e nove meses.

Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, autor do crime, tentou suicídio e está internado em um hospital de Chapecó, a 70 quilômetros de Saudades. Um bebê de pouco mais de um ano foi socorrido e está em estado gravíssimo. Os corpos das cinco vítimas estão no Instituto Médico Legal de Chapecó e devem ser liberados para o velório ainda nesta terça-feira.

A notícia deixou o município do oeste catarinense, de cerca de 10.000 habitantes, em choque. “É uma cidade pacata, com zero problemas de segurança. Estamos realmente chocados”, seguiu Hart. Em coletiva de imprensa no final da tarde desta terça-feira, com a presença da governadora em exercício catarinense, Daniela Reinehr, e o delegado Jerônimo Marçal, responsável pelo caso, as autoridades policiais informaram que os três bebês morreram por ferimentos no abdômen. A professora Keli foi morta com quatro perfurações nas costas e cortes na perna esquerda, e a servidora Mirla com duas lesões no abdômen. O delegado afirmou que o número de vítimas não foi maior porque as outras docentes conseguiram se trancar nas salas e impedir a entrada do autor, e que os vizinhos também foram rápidos em acionar o socorro. Uma viatura da Polícia Militar estava passando pelo local e realizou o atendimento de forma bastante ágil.

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