Porto Alegre, domingo, 28 de abril de 2024
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Conservadora Ayuso arrasa nas eleições de Madri e conquista mais cadeiras que toda a esquerda; El País

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Seu partido, o PP, ganha força suficiente para governar sem o apoio do ultradireitista Vox. Derrotado, líder do Podemos, Pablo Iglesias, anuncia sair da política e cita preocupação com “direita trumpista”. A presidente da Comunidade de Madri e candidata ao Partido Popular à reeleição, Isabel Díaz Ayuso, com o líder do partido, Pablo Casado, nesta terça-feira.SAMUEL SÁNCHEZ / EL PAÍS

 

 

Isabel Díaz Ayuso, que dois anos atrás era uma absoluta desconhecida sem uma grande trajetória, consolida-se como um verdadeiro fenômeno político na Espanha. A presidenta do Governo da Comunidade de Madri e candidata do PP é a grande vencedora das eleições locais, tendo arrasado a ponto de conquistar mais cadeiras do que os três partidos de esquerda somados, o que lhe permitirá governar com conforto e sem precisar do apoio do ultradireitista Vox para cada lei. O bloco da direita fica amplamente reforçado, com 77 cadeiras (64 do PP e 13 do Vox) em comparação com 59 da esquerda (25 do PSOE, 24 do Mais Madri e 10 do Podemos). Há apenas dois anos, a diferença entre ambos era de quatro assentos. Agora, passa a 18. Madri, portanto, vira claramente ainda mais para a direita.

A participação histórica nas urnas, 11 pontos a mais que a de 2019, não favoreceu a esquerda, mas a afundou ainda mais, principalmente por causa do colapso do PSOE, que acaba de vencer as eleições na Catalunha, mas levou uma bordoada em Madri, com uma queda de mais de 10 pontos que o leva a ter o pior resultado de sua história. Díaz Ayuso não conseguiu alcançar a maioria absoluta —faltaram cinco cadeiras para isso—, mas bastará a abstenção do Vox para ser investida no cargo. Resta saber agora se essa bancada vai querer entrar ou não no Executivo de Madri, mas os resultados afastam essa possibilidade.

A esquerda fracassa em sua tentativa de conseguir uma reviravolta com a mobilização do voto do sul. A chave para este fiasco é a derrocada do PSOE, que perde em menos de dois anos boa parte do seu apoio, apesar de ter o mesmo candidato que venceu amplamente as eleições em Madri em 2019, Ángel Gabilondo, que na época não pôde formar o Governo porque o bloco da direita obteve mais cadeiras do que a esquerda.

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