Porto Alegre, domingo, 13 de outubro de 2024
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Governo argentino ataca a Corte Suprema e a acusa de golpismo; El País

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Sentença do principal tribunal do país autoriza a cidade de Buenos Aires a manter escolas abertas, apesar do decreto presidencial que suspendeu as aulas presenciais por causa da covid-19. Alberto Fernández, presidente da Argentina, em uma imagem de julho de 2020.ESTEBAN COLLAZO / AFP

 

 

Alberto Fernández sofreu um novo revés. A Corte Suprema da Argentina decidiu que o governo nacional não tem autoridade constitucional para ordenar o fechamento das escolas na cidade de Buenos Aires, apesar da emergência sanitária. A sentença nesse sentido já era esperada, mas não a furiosa reação do presidente e de sua vice, Cristina Fernández de Kirchner, que acusaram a Corte de golpismo e “decrepitude”. A guerra entre os Poderes Executivo e Judiciário alcançou um ponto crítico.

A ex-presidenta e atual vice de Fernández fez suas queixas pela conta no Twitter. “Está muito claro que os golpes contra as instituições democráticas eleitas pelo voto popular já não são como antigamente”, disse, comparando a sentença da Corte Suprema a golpes militares do passado. “A Corte Suprema acaba de decidir, em plena pandemia decretada pela OMS, da emergência sanitária sancionada pelo Congresso da Nação e com mais de 65.000 mortos na Argentina, que o Poder Executivo Nacional não tem competência para tomar medidas sanitárias”, acrescentou. Depois, em tom irônico, disse que, para governar o país, mais do que ganhar eleições o melhor é “fazer concurso para um cargo de juiz”.

O presidente Alberto Fernández tampouco se conteve. “Eu sou um homem do direito, respeito as sentenças judiciais, mas não sabem que pena me dá a decrepitude do direito transformada em sentença; é o tempo que me tocou, e também temos que lutar contra isso”, escreveu. Prometeu continuar “cuidando da saúde dos argentinos e argentinas, por mais folhas de sentenças que escrevam”.

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