Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Guia de arquitetura desvenda a história dos prédios e da própria cidade de Porto Alegre; SUL 21

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Em estilo colonial, o solar da Travessa Paraiso, no Morro Santa Teresa, foi construído em 1820. Atualmente é a sede do Porto Alegre Em Cena. Foto: Leandro Selister.

 

 

Inaugurado em 1790, o prédio que hoje abriga o Memorial da Assembleia Legislativa é o mais antigo de Porto Alegre. Situado na rua Duque de Caxias, número 1.029, ao lado do Palácio Piratini, a construção do período colonial foi Casa da Junta, Câmara e cadeia, abrigou o Conselho Geral da Província em 1928, e a Assembleia Legislativa da Província em 1935. Depois foi a sede da Assembleia Legislativa até 1967.

Distante alguns quilômetros dali, na Cidade Baixa, a rua Lopo Gonçalves preserva, quase escondida, a Casa Mínima, a mais estreita da Capital. A rua começou a tomar forma em 1883, após os herdeiros de Lopo Gonçalves Bastos doarem um terreno à Câmara Municipal. A área foi dividida em lotes estreitos e compridos, um deles com 4,40 metros de largura, posteriormente divido em apenas 2,20. Após nova divisão e a construção do segundo andar, hoje são dois imóveis idênticos, com apenas porta e janela.

As duas construções e outras 98 integram o Guia de Arquitetura de Porto Alegre (Arqpoa), idealizado pelos arquitetos e urbanistas Rodrigo Poltosi e Vlademir Roman, da VRP Arquitetura Estratégica. O guia mescla textos, fotografias e informações sobre 100 obras arquitetônicas, urbanísticas, paisagísticas, históricas e culturais da cidade. Lançado em 2017, em versão impressa trilingue (português, inglês e espanhol), o guia foi agora disponibilizado numa plataforma on-line.

“A ideia nunca foi ter um guia técnico para arquiteto, a ideia sempre foi de um guia amplo pra toda a população, pra que também ajudasse no turismo e na população conhecer o seu patrimônio”, explica Rodrigo Poltosi.

A vontade de elaborar o guia vem dos tempos em que Poltosi era estudante da faculdade de arquitetura. Um desejo que permaneceu adormecido até despertar anos depois, já atuando no próprio escritório de arquitetura. O embrião do projeto começou em 2013 e a intenção original incluía a audio-descrição para pessoas cegas escutarem as informações sobre os prédios. Para isto, porém, faltaram recursos.

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