Porto Alegre, terça, 22 de outubro de 2024
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Pessoas trabalham de graça para redes sociais, afirma Eugênio Bucci; Folha de São Paulo

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Em novo livro, professor da USP defende que negócio das big techs é extrair o olhar de usuários. Retrato de Eugênio Bucci, autor de 'A Superindústria do Imaginário' - Keiny Andrade - 19.fev.20/Folhapress

A máxima “se o produto é de graça, você é o produto” se tornou conhecida para sintetizar o modelo de negócios de gigantes da internet.

Ao usar aplicativos e redes sociais, as pessoas concordam em entregar dados pessoais, que permitem que os algoritmos conheçam, muitas vezes, seus hábitos e desejos melhor que eles mesmas.

Para Eugênio Bucci, jornalista e professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP, essa é só uma parte da história. Em “A Superindústria do Imaginário” (Autêntica), o convidado desta semana do Ilustríssima Conversa argumenta que o que move as big techs, além da coleta de dados pessoais, é o extrativismo do olhar dos seus usuários.

Em vez de usuário, aliás, ele prefere o termo trabalhador. Ao postar uma foto ou rolar o feed de uma rede social, diz, as pessoas estão trabalhando —sem saber disso e sem ser pagas.

Bucci defende que, em um capitalismo movido pela produção de narrativas e imagens, olhar significa participar de mecanismos de fabricação de sentido, como a reputação de uma marca ou uma identidade pessoal.

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