Porto Alegre, domingo, 05 de maio de 2024
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Vacina da Janssen aumenta risco de desenvolver Guillain-Barré, síndrome rara no sistema nervoso; RFI

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Apesar do aviso sobre os raros casos de GBS, a agência reguladora de medicamentos americana continua acreditando que os benefícios do imunizante da Johnson & Johnson são superiores ao risco. AP - David Zalubowski

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) atualizou nesta segunda-feira (12) seus avisos sobre a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson para incluir uma informação sobre um “aumento do risco” do desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (GBS).

Com base em um sistema de monitoramento federal sobre a segurança das vacinas, a FDA identificou 100 casos do raro distúrbio neurológico após a injeção de 12,5 milhões de doses. Destes, 95 foram graves e obrigaram a hospitalização do paciente. Uma morte foi relatada.

“A probabilidade de isso acontecer é muito baixa e a taxa de casos relatados excede a taxa básica [de incidência sem qualquer intervenção, ndlr] por uma pequena margem” na população em geral, declarou a Johnson & Johnson em um comunicado.

A notícia representa um novo golpe para o imunizante da J&J, que recebeu autorização para uso emergencial em fevereiro, mas que tem papel menor na campanha de vacinação dos Estados Unidos contra a Covid-19.

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso após uma reação rara a agentes infecciosos. O sistema imunológico do corpo danifica as próprias células nervosas, causando fraqueza muscular ou, nos casos mais graves, paralisia. A doença afeta cerca de 3.000 a 6.000 pessoas a cada ano nos Estados Unidos. A maioria dos pacientes se recupera do distúrbio.

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