Porto Alegre, domingo, 12 de maio de 2024
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Exército assegura que produziu cloroquina a mando da Defesa e da Saúde, mas ministérios não admitem que ordem partiu deles; El País

Detalhes Notícia
Medicamento está no centro de um jogo de empurra e de contradições entre Defesa, Saúde e o Laboratório do Exército. Órgão técnico, Conitec informa à CPI que não recebeu nenhum pedido para análise da incorporação desse medicamento para tratamento da covid-19. LABORATÓRIO QUÍMICO E FARMACÊUTICO DO EXÉRCITO (LQFEX)

 

 

Quem deu a ordem para que o laboratório do Exército brasileiro aumentasse a produção de cloroquina no ano passado? A cada dia que aumenta a certeza de que a gestão da pandemia foi caótica no Brasil, o jogo de empurra entre os ministérios da Saúde e Defesa e o Exército sobre quem mandou produzir os milhares de comprimidos do medicamento fica mais evidente. À reportagem, o Exército reafirmou que produziu o medicamento a partir da demanda externa dos dois ministérios. “O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx) produziu cloroquina em atendimento às demandas do Ministério da Defesa e do Ministério da Saúde”, diz nota enviada ao EL PAÍS no último final de semana.

Porém, reportagem do EL PAÍS de 6 de julho mostrou que, ao menos oficialmente, ninguém pediu para o Laboratório do Exército produzir o medicamento. Em documentos enviados à CPI da Pandemia, o Ministério da Saúde afirma que a ordem para a produção do medicamento não partiu de lá. “Informamos que não houve envio, por parte do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), de nenhum ofício ao Ministério da Defesa solicitando a produção de cloroquina e hidroxicloroquina”, diz o documento.

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