Os relatos de violência e prisões de participantes nos protestos históricos de domingo (11) em Cuba, os mais importantes desde o ‘maleconazo’, a gigantesca manifestação de 1994, estão se multiplicando. A RFI tenta entrevistar uma série de ativistas desde a manhã desta terça-feira (13), mas com o corte da internet e da telefonia celular na ilha, além das numerosas prisões de opositores, o contato vem se tornando mais difícil. Confira abaixo o depoimento de alguns desses moradores de Havana.
Sobrecarregados pela crise sanitária e econômica, milhares de cubanos saíram às ruas de várias cidades, inclusive na capital Havana, para protestar contra a falta de medicamentos contra a Covid-19, os apagões elétricos e a fome, bem como para pedir a “redemocratização” da ilha. “Sempre há medo de represálias, mas as pessoas, principalmente os jovens, vão às ruas para que isso mude”, declarou Iris Ruiz, do Movimento San Isidro, à RFI.
Ela afirma não ter notícias de vários membros do movimento que foram detidos no domingo, como os colegas Luis Manuel Otero, Amaury Pacheco e Manuel Costa Murúa. Cerca de 100 pessoas foram presas em Cuba após os protestos históricos do fim de semana, incluindo os dissidentes Guillermo Fariñas, José Daniel Ferrer e Luis Manuel Otero Alcantara, segundo várias fontes concordantes.
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