As “provas” de fraude nas urnas eletrônicas que o presidente Jair Bolsonaro prometeu apresentar, nesta quinta-feira, 29, foram uma mistura de fake news, vídeos descontextualizados que circulam há anos na internet e análises enviesadas sobre números oficiais da apuração dos votos.
Na transmissão semanal feita para as redes sociais, Bolsonaro e um “analista de inteligência” levado por ele para exibir vídeos e recortes não apresentaram nenhuma prova de que os resultados de 2014 ou 2018 poderiam ter sido fraudados.
Bolsonaro dedicou os primeiros 40 minutos da live para atacar adversários petistas e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, com perguntas retóricas e ventilar teorias conspiratórias.
“É justo quem tirou Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE?”, perguntou.
Quando o analista prosseguiu à apresentação das supostas provas, a primeira “denúncia” foi um vídeo amplamente desmentido por serviços de checagem que circula na internet desde 2018.
Na gravação, um homem se apresenta como desenvolvedor de sistemas e apresenta um “simulador simplificado da urna eletrônica”. O programa que ele mostra no computador não guarda qualquer relação com o sistema usado pelo TSE desde 1996 e aperfeiçoado periodicamente.
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