Em meio à escalada de tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Poder Judiciário, o procurador-geral da República Augusto Aras tem sinalizado a interlocutores que não vê cometimento de crimes por parte do presidente e que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tomará nenhuma iniciativa para conter Bolsonaro em seus ataques. Sua postura vai na contramão da cobrança de subprocuradores-gerais da República, que divulgaram manifestação nesta sexta-feira afirmando que Aras não poderia “assistir passivamente” aos ataques.
O posicionamento de Aras, manifestado em conversas recentes, é que a PGR irá agir somente quando provocada em processos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, mas evitará entrar em confronto com o presidente. Tampouco a PGR assumirá a dianteira em defesa das urnas eletrônicas ou dos ministros do STF. Agirá apenas quando provocada judicialmente.
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