O presidente do STF, Luiz Fux, tem motivos adicionais para ser contra o voto impresso, bandeira de Jair Bolsonaro. Quando foi juiz eleitoral, em 1994, Fux constatou fraudes em 90% das urnas da zona eleitoral por que era responsável, fez prisões em flagrante, foi ameaçado de morte pelo Comando Vermelho, pediu apoio ao Exército e teve que andar armado com escolta da Polícia Federal.
Nas eleições de 1994, Fux, juiz de carreira do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, era o juiz eleitoral responsável pela 25ª Zona Eleitoral do Rio, na Zona Oeste da cidade e segunda maior do país na época, com 380 mil eleitores. A apuração duraria 13 dias, em meio a diversas tentativas de burla. Na ocasião, Fux revelou que 90% das urnas apresentaram resultados corrompidos.
Ao se deparar com reiterados indícios de fraude eleitoral, Fux prendeu em flagrante cinco escrutinadores, funcionários que checavam a votação, e destituiu outros 60. No lugar, colocou dez juízes de sua confiança.
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