Considerado país livre de febre aftosa com vacinação, o Uruguai quer servir como um escudo sanitário para o Rio Grande do Sul, que, recentemente, foi reconhecido como Estado livre da aftosa sem vacinação. Essa ideia será levada pelo ministro da Agricultura, Pesca y Ganaderia do Uruguai, Fernando Mattos, à ministra Tereza Cristina, da pasta brasileira de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Mattos está no Rio Grande do Sul e, nesta quinta-feira, além de prestigiar a Expointer, se encontrou com o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB). Na quarta-feira (8), teve uma reunião técnica com a secretária de Agricultura gaúcha, Silvana Covatti.
Os ministérios uruguaios e brasileiros devem assinar um memorando de entendimento que tratará sobre vigilância sanitária animal na fronteira e pretende fortalecer a relação entre os dois países. “É importante para fortalecer políticas de fronteiras e dar resposta a essa situação, em que o status santuário passou a ser diferente. O RS avançou e declarou-se um Estado livre de aftosa sem vacinação. O Uruguai se manteve com vacinação, e continuará nessa posição por algum tempo” afirmou Mattos, em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio.
O ministro afirmou que a assinatura do memorando é a continuidade de um trabalho de cooperação técnica que já vinha sendo realizado há vários anos no âmbito do Mercosul. Nesta ocasião, uma cooperação bilateral, que surge a partir do novo status sanitário atingido pelos gaúchos. Mattos levará à Tereza Cristina a intenção de que “o Uruguai funcione como uma barreira biológica de proteção” ao gado gaúcho que não se vacina.
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