Dizia o escritor Alfred Jarry no seu livro póstumo Artimanhas e opiniões do dr. Faustroll, patafísico, escrito no final do século XIX, que esta disciplina, atribuída por ele ao fictício investigador, era “a ciência das soluções imaginárias”, baseada, segundo seus múltiplos seguidores em todo o mundo, na busca pela estranheza existente no cotidiano, pela singularidade oculta no habitual. Com esta filosofia, a Universidade Harvard (Estados Unidos) acolhe anualmente o Ig Nobel, prêmios que se contrapõem à famosa versão original da Academia Sueca. Os prêmios buscam, segundo Marc Abrahams, editor e cofundador da revista de humor científica que os concede, a Annals of Improbable Research, “fazer rir e, depois, pensar”. O orgasmo como descongestionante nasal; por que os pedestres não se chocam; a importância de transportar rinocerontes por via aérea de cabeça para baixo —essas são algumas das investigações distinguidas neste ano com a dúbia honraria, que consiste em um diploma em PDF e uma cédula de 10 trilhões de dólares zimbabuanos (que valia menos de dois reais quando saiu de circulação, em 2015).
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