Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Governo Bolsonaro, defensor da ditadura, anula anistias e suspende busca por desaparecidos políticos; O Globo

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Ministério formou comissões com muitos militares que têm anulado reparações concedidas no passado, além de rejeitar as anistias. José Benigno e o filho Edson, de 72 anos, foram perseguidos presos e torturados durante a ditadura militar Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

 

 

O técnico em eletrônica Edson Benigno, hoje com 72 anos, foi perseguido, preso e torturado durante a ditadura militar no Brasil. Então servindo à Marinha, Edson viu os agentes do regime, em 1975, invadirem sua casa, no Rio. Eles o algemaram, encapuzaram e apontaram uma arma para a barriga de sua mulher grávida. Levaram-no junto com o pai, José Benigno, e foram jogados dentro de dois Opalas. Apanharam. Um ano depois, ficou 50 dias preso. Foi submetido a choques elétricos e pau de arara. Teve sequelas.

Edson foi detido aos 26 anos pela ação política do pai, antigo militante do Partido Comunista Brasileiro. Mas mesmo com o histórico de perseguição, prisão e tortura, não conseguiu ser anistiado. Seu processo chegou a ser aprovado na Comissão de Anistia, no governo de Michel Temer, mas não teve a portaria publicada até hoje. Ao logo do governo de Jair Bolsonaro, o caso segue parado na comissão, sem previsão de aprovação da anistia e reparação econômica.

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