Quando Barack Obama e Raúl Castro anunciaram uma reaproximação entre EUA e Cuba, em 2014, a artista Tania Bruguera tentou realizar uma performance na Praça da Revolução, em Havana.
A obra seria uma parte de sua conhecida série “Sussurro de Tatlin”, que consiste num microfone aberto para que as pessoas pudessem se expressar. Aquela foi apenas uma das vezes em que foi detida.
Reconhecida pelo trabalho exibido em museus e mostras tradicionais e de renome, como a Tate Modern, de Londres, a Documenta de Kassel e as bienais de arte de Veneza e São Paulo, Bruguera, 53, decidiu deixar a ilha em agosto para aceitar um convite da Universidade Harvard.
A partir dos EUA, apoia as manifestações de coletivos de artistas e dissidentes cubanos contra o regime. O próximo protesto, marcado para o dia 15 de novembro, já foi proibido, mas os ativistas afirmam que irão às ruas de qualquer maneira. “Será um massacre”, afirma ela à Folha, por meio de chamada de voz.
Bruguera, uma das mais conhecidas ativistas cubanas pela liberdade de expressão, ao lado de Rosa Payá e da blogueira Yoaní Sánchez, também faz campanha para que artistas e curadores estrangeiros não aceitem participar da próxima Bienal de Havana, programada para ocorrer em novembro.
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