Porto Alegre, segunda, 06 de maio de 2024
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Projeto de revitalização do Cais Mauá prevê retirada do muro e investimento de R$ 1,3 bilhão; Correio do Povo

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Local deve ganhar prédios residenciais e corporativos, incluindo um hotel | Foto: Reprodução

Com previsão de R$ 1,3 bilhão em investimentos durante o período de 15 anos, o governo do Estado apresentou nesta quinta-feira, no Palácio Piratini, o projeto de revitalização do Cais Mauá. O modelo de investimento envolve, entre outras coisas, a utilização de recursos oriundos da alienação do setor de docas para a revitalização dos setores de armazéns e do Gasômetro. O projeto apresentado por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Consórcio Revitaliza, selecionado pelo BNDES, propõe ainda a retirada do muro da Mauá e a construção de prédios residenciais e corporativos. A projeção é a criação de 45 mil empregos diretos e 5 mil indiretos durante as obras.

Para garantir a proteção da cidade contra possíveis enchentes, o projeto leva em consideração alguns modelos, entre os quais sistema de encaixe, sistema inflável e sistema com preenchimento de água. Conforme o chefe de Departamento de Estruturação de Projetos Imobiliários do BNDES, Osmar Carneiro de Lima, a ideia de retirar o muro visa integrar novamente a cidade ao Cais Mauá. Na área das docas, 70% será para uso residencial e corporativo. Os 30% restantes serão utilizados para a construção de um hotel e de um espaço voltado ao comércio. “O Cais Mauá está esquecido no coração de Porto Alegre. Temos uma joia no Centro Histórico”, avaliou.

Proprietário da empresa Dal Pian Arquitetos, uma das que compõem o consórcio Revitaliza, Renato Dal Pian detalhou os projetos para região. Ele explicou que a ideia é tirar o muro da Mauá para mostrar toda a “história esquecida” por trás dos muros de proteção e possibilitar atividades de lazer e recreação náutica. “O Cais Mauá é uma zona de grande importância para o centro de Porto Alegre”, destacou. Nos armazéns, a ideia é oferecer espaços destinados à memória, cultura, tecnologia, gastronomia e lazer. Nas docas serão construídos edifícios residenciais, comerciais (que ficarão no térreo), corporativos e um hotel, além de marinas e praças. “Vai ter habitação dentro da área das docas”, afirmou.

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