O Palácio da Justiça foi palco da cerimônia de premiação da primeira edição do Prêmio Themis de Jornalismo, na tarde desta quarta-feira (15/12). O evento também foi transmitido pelo YouTube.
Instituído em 2021, o prêmio reconhece o trabalho de Jornalistas e estudantes sobre as boas práticas da Justiça no Rio Grande do Sul. Foi idealizado pelo Presidente do TJRS, Desembargador Voltaire de Lima Moraes, e pelo Conselho de Comunicação Social, com a realização da Direção de Comunicação Social e Direção de Tecnologia da Informação.
Na abertura do evento, a Jornalista Adriana Arend, responsável pela Diretoria de Comunicação do TJRS (DICOM), falou sobre a iniciativa de criação do Prêmio que surgiu em 2008, quando o então Presidente do TJRS, Desembargador Voltaire de Lima Moraes, presidia o Conselho de Comunicação Social e Relações Institucionais do TJRS. Também destacou todo o trabalho realizado até a cerimônia de hoje. “Foi um prêmio construído com muito carinho. Fizemos uma pesquisa criteriosa entre tribunais e instituições ligadas à área da Justiça e buscamos estabelecer uma premiação que estivesse à altura de nossos profissionais”, ressaltou Adriana.
O Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJRS, Desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, fez uma saudação especial aos parceiros do prêmio e aos Jornalistas, afirmando serem “os interlocutores das instituições com a sociedade”. Também destacou a importância do trabalho da imprensa, considerando que “não existe democracia sem imprensa forte e independente”.
Homenagem especial
O primeiro troféu entregue foi uma homenagem especial do TJRS ao professor e jornalista Flávio Porcello, falecido em novembro deste ano, vítima da Covid-19.
Flávio passou pelas principais redações do país, formou gerações de novos jornalistas na PUC e na UFRGS, sempre orientando os futuros profissionais sobre a importância do papel social do jornalismo, deixando um legado que vai nortear muitas trajetórias. Ele coordenava o Departamento Universitário da ARI e fez a ponte entre academia, a associação e o reconhecimento do Judiciário aos estudantes.
A homenagem póstuma foi entregue ao irmão de Porcello, Ernani Camargo Porcello.
Vencedores
Nesta primeira edição, o Prêmio Themis teve cinco categorias: Cotidiano jurisdicional, Proteção ao cidadão e inclusão social, Categoria Especial – Iniciativas do Poder Judiciário durante a pandemia, Inovação na gestão pública judiciária e categoria universitária.
O primeiro lugar em cada categoria recebeu troféu e a quantia de R$ 5 mil, o segundo colocado, R$ 3 mil e o terceiro com R$ 1,5 mil. O primeiro lugar na categoria Universitária foi agraciado com um troféu e todos receberam certificado.
Na categoria Cotidiano jurisdicional o vencedor foi o jornalista Fábio Schaffner. A matéria mostra, por meio de dados e estatísticas, o pioneirismo e a eficiência do Judiciário gaúcho na proteção do patrimônio público ao julgar prefeitos acusados de irregularidades no exercício do cargo. Aborda também os mecanismos criados pelo TJRS que permitiram a média de um prefeito condenado por semana no Estado.
Em segundo lugar Eduardo Matos, GZH e terceiro lugar é de Gabriela Lerina, do SBT Brasil.
Na categoria Proteção ao Cidadão e Inclusão Social o vencedor foi o jornalista Eduardo Matos, da Rádio Gaúcha, com a reportagem “Aqui entra o homem e o delito fica lá fora”, que mostra o método de ressocialização dos presos, desenvolvido pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, para uma nova visão de vida aos que cometeram crimes e que um dia voltarão às ruas.
O segundo lugar foi de Bianca Renate Dilly, do Jornal NH, do Grupo Sinos e a terceira colocação é Lucas Abati, do SBT RS.
Na categoria Universitária o vencedor foi Nathan Álisson Nunes Breitenbach, da Universidade de Passo Fundo (UPF). A reportagem premiada é “Recrutados do Crime”, sobre o recrutamento de jovens nas facções criminosas no Estado e as perspectivas da ressocialização nas duas maiores cidades do norte do estado: Passo Fundo e Erechim.
Na categoria Inovação na Gestão Pública Judiciária, o vencedor foi o jornalista Eduardo Matos. A matéria aborda o retorno dos sistemas de informática à normalidade após o ataque hacker ocorrido em 28 de abril, quando o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul viveu a maior crise de sua história, mas conseguiu, com investimento, resolver o problema e buscar melhorias, no caso da digitalização dos processos mais acelerada.
Por fim, na categoria Iniciativas do Poder Judiciário durante a pandemia, o jornalista Carlos Rollsing, da Zero Hora – GZH foi o vencedor. A reportagem mostra a ação do TJRS para auxiliar prefeituras, secretarias da saúde e hospitais no enfrentamento à pandemia de coronavírus, com a doação de recursos dos fundos de penas alternativas, para compra de respiradores, ampliação de leitos da rede pública de saúde e confecção de milhares de máscaras de proteção facial, por exemplo.
O segundo lugar ficou com Eduardo Matos – GZH, Zero Hora e Rádio Gaúcha e terceiro para Gilson Verani Freitas de Camargo, do jornal Extra Classe.
Parcerias
Para a realização do prêmio, o TJRS contou com a parceria da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (ARFOC), a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) e o portal Coletiva.
Os comitês avaliadores foram compostos por representantes da magistratura, da Direção de Comunicação Social do TJRS e das entidades parceiras: Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (ARFOC-RS) e Associação Gaúcha da Emissoras de Rádio e TV (AGERT).