Vice-líder do governo no Congresso e crítica da gestão Jair Bolsonaro, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) tem batido na tecla de que é preciso construir uma “direita racional”. Ao Estadão, a parlamentar defendeu limites à liberdade de expressão, um Estado laico e uma direita sem extremistas – classificados por ela como “camicases”. A postura tem lhe rendido apoio, mas também xingamentos, ataques e ameaças virtuais. “Não sou uma bajuladora de mandato. Não serei jamais”, afirma.
Aos 48 anos, a advogada e empresária estreou na política em 2018, na onda bolsonarista, mas não promete apoio à reeleição do presidente. “Se ele estiver do lado das (nossas) bandeiras, de repente eu estarei (com ele). Eu sou fiel aos princípios. Se ele não é, ele é que não estará ao nosso lado”, diz. O tom crítico a Bolsonaro não foi impeditivo para que ela assumisse uma das vice-lideranças do governo no Congresso. Seu papel (junto a um time de outros 16 vice-líderes, entre deputados e senadores) é fazer articulações políticas designadas pelo líder Eduardo Gomes (MDB-TO) e acompanhar assuntos de interesse do Palácio do Planalto para votações no Congresso. Na prática, os vices são auxiliares do líder.
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