Com receio de dano eleitoral, o PT (Partido dos Trabalhadores) deve moderar o discurso de apoio a regimes autoritários de esquerda da América Latina durante a campanha presidencial deste ano, em que o ex-presidente Lula aparece à frente nas pesquisas, afirmam interlocutores envolvidos na corrida eleitoral.
A ideia é evitar ataques da oposição, que na campanha deve explorar a ligação da legenda com ditaduras alinhadas ideologicamente, como Venezuela e Cuba. Ainda assim, a ideia é que não haja uma condenação pública a governos aliados, e a estratégia será evitar o tema, considerado uma pedra no sapato.
A avaliação no PT é a de que o assunto não é um tema central nas eleições, mas pode ser danoso quando explorado por adversários. A questão também não deve ser um ponto crucial para definir uma aliança com Geraldo Alckmin (sem partido), especulado como candidato a vice de Lula. Para um aliado próximo do ex-governador de São Paulo, ele deve “concordar em discordar” do petista.
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