A liberdade de opinião é garantida pela Constituição. Para nós, que a defendemos e respeitamos o contraditório, o problema não está em opinar sobre algum tema, mas sempre deve ser levado em conta quem opina, repercute e o porquê.
Nos últimos dias, o ex-presidente condenado por corrupção —liberado por uma tecnicidade jurídica e não inocente como querem fazer crer— e seus asseclas falaram muitas bobagens sobre política econômica e mercado de trabalho. Os mesmos que governaram por mais de uma década e jogaram o país em uma grande crise por escolhas erradas, pela corrupção sistêmica que culminou no maior escândalo de corrupção da história, manchando o nome do Brasil e colocando em risco o futuro dos brasileiros. Apenas isso já colocaria em suspeição a “opinião” dessa gente.
No entanto, sobre o tema escolhido para destilar suas bobagens que alimentam parte da imprensa engajada que até hoje não aceitou a escolha dos brasileiros em 2018, escondem o que fizeram. Aliás, esconder o que fizeram, repetir mentiras para que se tornem verdade e exaltar virtudes que não possuem são o extrato do lulopetismo.
A verdade é que houve uma explosão do desemprego no governo Dilma Rousseff, levando a uma taxa que atingiu 13,7% em 2015. Apenas entre empregos formais, quase 3 milhões de postos foram destruídos nos últimos anos da gestão petista.
A recessão econômica provocada pelo ministro de Dilma e Lula está registrada claramente pelo próprio comitê de datação de ciclos econômicos da FGV. Todos nós também dizíamos isso à época. O ministro e a campanha de sua presidente Dilma, verdadeiros negacionistas, nos chamavam de pessimistas. Quando a realidade se impõe, o medíocre sempre aponta o dedo para os outros.
A desastrosa gestão para vencer a eleição de 2014, incluindo o financiamento pela corrupção, resultou, ainda em setembro de 2015, na perda do grau de investimento do país. Muito antes do impeachment, portanto.
Das mentiras sobre a crise que geraram e a confusão proposital de números partimos para uma revogação das regras trabalhistas que possibilitaram recuperar parte do estrago feito por eles e ajudaram que o Brasil em 2021 ultrapassasse os 3 milhões de novos empregos com carteira assinada —número histórico, ainda mais no meio de uma pandemia. Os petistas vivem em realidade paralela, em mentira permanente.
A partir da eleição de Jair Bolsonaro em 2018, a mentira foi substituída pela verdade. Às vezes dura, mas sempre necessária. O governo fez a reforma de Previdência, acabou com o desperdício, reduziu o peso do Estado sobre os ombros das pessoas, simplificando e desburocratizando. E, assim, não deixou faltar nada aos brasileiros quando o mundo foi pego de surpresa pela Covid.
Não faltaram recursos para a estrutura de saúde, para todas as vacinas, para garantir comida na mesa das pessoas com o maior programa social do mundo, para preservar milhões de empregos e garantir que se mantivessem de pé milhões de micro e pequenas empresas.
Com espaço garantido entre os saudosistas da tragédia, Lula e seu bando já deixaram claro seus objetivos. Lula quer a volta do imposto sindical. Como sempre, essa gente quer viver do suor dos outros. Foi assim que chegaram e se mantiveram no poder. Não vê quem não quer, ou quem precisa esconder, o desastre que será caso eles sejam eleitos em 2022 —o que não vai acontecer. O que mais incomoda o mentiroso é a verdade. Governar é servir, não se servir. Eles não aprenderam nada.
Onyx Lorenzoni
Ministro do Trabalho e da Previdência
Publicado originalmente na Folha de São Paulo