Caro leitor,
A guerra nas fileiras do PSDB fez acender o sinal amarelo no Palácio do Planalto. O diagnóstico dos ministros mais próximos do presidente Jair Bolsonaro é o de que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, hoje no PSDB, tem potencial para aglutinar boa parte da terceira via, batizada de “centro democrático”, e até desbancar o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), se conseguir ser candidato. Sob o argumento de que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é dono de alta rejeição e não sai do lugar nas pesquisas, o grupo de Leite tenta articular uma dobradinha com a senadora Simone Tebet (MDB) para a disputa de outubro à Presidência.
Se depender dos aliados de Leite, ele encabeçará a chapa e Simone será vice. Nesse cenário, Doria – que venceu as prévias do partido, em novembro – acabaria “cristianizado” e não teria a candidatura homologada na convenção do PSDB, em julho. O movimento cresce no partido porque deputados e até mesmo candidatos a governos estaduais não querem amarrar o seu destino a um desafiante que não se mostra competitivo para enfrentar a polarização entre Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Embora Simone tenha apenas 1% na maioria das pesquisas e Leite nem apareça nesses levantamentos, uma vez que o pré-candidato do PSDB é Doria, a avaliação tanto no Planalto como entre incentivadores do “fogo amigo” traz a perspectiva do potencial de crescimento. “Estamos entusiasmados com a candidatura da Simone. Ela é um nome que tem baixa rejeição e espaço aberto para crescer nas pesquisas eleitorais”, observou o senador José Aníbal (PSDB-SP).
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