Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Presidente do Psol critica a aliança entre Lula e Geraldo Alckmin; Estado de Minas

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Ex-governador representou projeto que em nada tem a ver com o que o partido defende, afirma Juliano Medeiros. Juliano Medeiros, presidente nacional do Psol. "Alckmin, historicamente, representou um projeto que em nada tem a ver com o que defendemos. Não vi, até agora, ele fazer autocrítica" (foto: PSOL/REPRODUÇÃO)

Após lançar candidaturas próprias em todas as eleições presidenciais que disputou, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), nascido em 2004 como dissidência do PT, debate a possibilidade de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno. O partido lançou documento com propostas para nortear a união das esquerdas. A lista inclui reforma tributária para distribuir renda e a revogação das reformas trabalhista e previdenciária. A possibilidade de o líder petista ter Geraldo Alckmin (sem partido) como vice, porém, pode frear o apoio.

“Não vi, até agora, ele [Alckmin] fazer autocrítica, dizer que estava errado ou que renega o seu passado neoliberal. Não acho positivo. Primeiro, porque é um sinal que confunde o que queremos fazer. E, do ponto de vista eleitoral, é inócuo”, diz o cientista político e historiador Juliano Medeiros, presidente nacional do Psol, nesta entrevista ao Estado de Minas. Medeiros afirma que a busca por diálogo entre as legendas de esquerda deve passar por um debate programático. “O Psol não está disposto a dar cheque em branco a qualquer partido ou candidato”. O espaço do partido na campanha de Lula também vai ser pauta das negociações — o dirigente garante que não quer ver o Psol como mero “adesista” à candidatura petista. Em conversas com a Rede para a formação de uma federação partidária, a legenda deve ter candidato próprio ao governo de Minas Gerais.

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