A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) enviou cumprimentos ao ministro da Economia, Paulo Roberto Guedes, pela decisão de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com repercussão positiva, incluindo as receitas estaduais e municipais que serão compensadas por uma maior dinâmica das economias locais. Na mesma correspondência, o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, pondera que no contexto tributário, ainda há margem para uma maior redução do IPI além dos atuais 25%, especialmente em função do volume histórico de arrecadação de impostos da União verificado em 2021 sobre o ano anterior. Nesse comparativo, o imposto que onera exclusivamente o setor industrial no Brasil propiciou uma receita 18,9% acima da inflação do período. “Existe espaço para um corte de 50% no IPI, elevando os efeitos altamente positivos que essa primeira redução propicia, com impacto importante na diminuição da inflação”, enfatiza Petry.
Entre os argumentos apresentados para essa redução do IPI em 50% se insere a conjuntura internacional, que apresenta escalada geral dos preços dos insumos, acarretando um drástico aumento dos custos industriais que repercutem no consumidor nacional. Outro fator a destacar é o de que indústria suporta a maior carga tributária dentre todos os setores, cujos impostos pagos pelo segmento de transformação representam 47,3% do seu PIB, destaca o documento.
Para o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, o conjunto dessas razões justifica a possível e benéfica redução pela metade das alíquotas do IPI, e por suas características e influência na estrutura de custos de um setor específico (pois não existe tributo exclusivo como esse sobre nenhum outro setor da economia), seja extinto na almejada Reforma Tributária que o Governo Federal tem trabalhado para concretizar.