Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Brasil vê "fuga de cérebros" para Alemanha; Deutsche Welle

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Dados analisados indicam mudança no perfil dos brasileiros registrados em território alemão, que estão mais qualificados. Desvalorização da ciência sob governo Bolsonaro contribuiu para o fenômeno, apontam especialistas. Entre suas atividades na Alemanha, Danilo trabalhou com crianças refugiadas Foto: privat

 

 

Glauco Vaz Feijó é um daqueles casos em que objeto e sujeito se confundem. Isso porque, ao se debruçar sobre as estatísticas da imigração brasileira para a Alemanha, o historiador e cientista social estava transformando sua própria realidade em seu objeto de pesquisa: afinal, esta é a terceira vez que troca o Brasil pelo país europeu.

Ele acaba de lançar o livro Retratos do Brasil na Alemanha – 30 anos de imigração, uma reunião de dados estatísticos e possíveis explicações sobre o fenômeno que leva brasileiros a se fixarem no país. Na análise dos dados, ao mesmo tempo que o cenário reflete o movimento histórico de diáspora brasileira nos últimos anos, o perfil de quem sai do Brasil para tentar uma nova vida na Alemanha está passando por uma transformação relevante.

“A taxa de feminização é muito alta, o que corresponde aos demais países em geral. É uma tendência mundial. Por outro lado, isso vem diminuindo na última década, quando há um percentual de imigração muito significativo daquilo que no jargão se costuma chamar de ‘imigração qualificada'”, explica ele, que é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília e professor visitante da Universidade de Tübingen.

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