A expectativa de uma alta mais forte das taxas de juros nos EUA contaminou os mercados financeiros na semana passada, o que fez a Bolsa cair e o dólar voltar ao patamar próximo de R$ 5. Esse movimento será colocado à prova nesta semana. Tanto o banco central dos EUA (o Federal Reserve ou Fed) quanto o Banco Central do Brasil têm reuniões de política monetária para decidir o novo nível das taxas de juros. Segundo o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, esse ambiente de juros mais elevados prejudica os países emergentes, como o Brasil, porque favorece uma saída de capitais e aumenta a cotação do dólar.
É uma situação pior para o crescimento da economia, já prejudicada pelo aumento da Selic e pela inflação galopante. “A gente está indo para um ciclo de aperto monetário nos EUA que a gente nunca viu nas últimas décadas. Estamos falando de quatro aumentos sucessivos de 0,5 ponto em cada reunião, seguidos de vários aumentos de 25 pontos no final desse ano e no ano que vem inteiro. Isso já provoca um aumento importante nas taxas de juros internacionais”, afirma Porto na entrevista a seguir.
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