Um dos pontos marcantes do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva ontem, no Solidariedade, foi o número de referências religiosas. Ele citou “Deus” quatro vezes e “Bíblia”, duas. Também se afirmou como “cristão” em duas oportunidades. “Lula acordou católico. Ou crente”, disse um aliado. O assunto pode ter ficado na cabeça dele após a leitura de uma pesquisa interna, que saiu anteontem e trouxe duas informações à campanha petista, segundo aliados. Uma, boa. Ele mantém folgada vantagem sobre Bolsonaro nos levantamentos espontâneos. E a segunda, negativa, a de que o presidente ganhou mais pontos entre evangélicos, conquistando eleitores até então indecisos nesse segmento.
Uma das estrelas do evento foi o pastor Paulo Marcelo Schallenberger, citado nominalmente por Paulinho da Força. Ele diz que tem orientado Lula a mencionar Jesus e a Bíblia durante as falas sobre fome e pobreza. E a fechar entrevistas com “Deus abençoe”.
No fim do evento, ele gravou um vídeo ao lado de Geraldo Alckmin, em que o ex-governador diz que os evangélicos são “irmãos em Cristo”. Alckmin, que é católico, foi destacado para se aproximar de eleitores religiosos.
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