Porto Alegre, domingo, 12 de maio de 2024
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Grupo Mulheres do Brasil lança oficialmente seu Núcleo em Nova York

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As brasileiras que vivem em Nova York estão sendo contempladas oficialmente com um núcleo local do Grupo Mulheres do Brasil, um movimento político suprapartidário que reúne mais de 100 mil participantes de 122 cidades do Brasil e 39 do exterior, que trabalham voluntariamente por um mundo mais justo. O evento de lançamento ocorre no dia 13 de maio, às 4 pm ET (17h, horário de Brasília), no auditório da PwC, NY, aberto para a comunidade brasileira da região.

A executiva brasileira Luiza Helena Trajano, presidente Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, estará em Nova York na ocasião, especialmente para celebrar o lançamento oficial do novo Núcleo e fará a abertura oficial do evento, com as demais líderes locais. Em sua visita à cidade, Luiza também será homenageada pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos com o título “Personalidade do Ano 2020”.

“As mulheres que vivem distante de seu país de origem passam por realidades às vezes muito difíceis, seja no campo pessoal ou profissional. Nos últimos anos, essas situações foram ainda mais agravadas com a pandemia e todos nós pudemos vivenciar a importância da solidariedade e a diferença que o trabalho voluntário faz na vida das pessoas. Por isso, nós queremos abraçar e acolher as brasileiras que moram em Nova York e estimulá-las a serem protagonistas de uma nova história e se engajarem nas causas femininas que envolvam a sociedade como um todo”, afirma Luiza Helena Trajano.

Ao conhecerem o Grupo Mulheres do Brasil, em 2018, Alejandra Merklen publicitária, ex-executiva da Unilever e Coach de Carreira, que vive em New Jersey há 13 anos, e Andrea Eboli, executiva de marketing, que vivia na época em Nova York, não hesitaram em importar a iniciativa do Grupo para apoiar a comunidade brasileira, por meio do protagonismo feminino da mulher brasileira que mora na região. Eliane Mazzola Garcez, arquiteta, ex-executiva da Eletropaulo, que mora em Nova York há 19 anos, começou a participar em 2019 e, no ano seguinte, juntou-se à liderança do núcleo.

A população brasileira na região de Manhattan, incluindo o chamado “Tri-State”, que engloba Nova York e, New Jersey e Connecticut é estimada em 500 mil pessoas. “Vivendo aqui na região há muitos anos percebemos que as famílias brasileiras imigrantes têm muita necessidade de apoio nas áreas mais diversas, desde temas voltados à educação, até demandas relacionadas com a inserção no mercado de trabalho, como apoio para estabelecer seu próprio negócio entre outros. Além disso, muitas mulheres brasileiras que vêm para cá acabam se isolando, seja ao perder sua profissão anterior ou para apoiar a família”, relatam as líderes Eliane e Alejandra.

O Grupo fez sua primeira reunião “Portas Abertas”, de apresentação e acolhimento a novas voluntárias, em Manhattan, em setembro de 2018. A primeira tarefa foi mapear quais organizações ou lideranças já estavam fazendo esse trabalho de apoio aos brasileiros, para então visitar cada uma delas e oferecer parceria.

“Sempre respeitando um dos inegociáveis do Grupo de ‘não reinventar a roda’, nossa ideia sempre foi de maximizar os projetos já existentes. Nosso trabalho focou então nesses dois pilares: apresentar o projeto às mulheres brasileiras buscando voluntárias e, ao mesmo tempo, mapear e conhecer as organizações brasileiras na região, bem como suas ações em andamento. A partir daí começamos a desenvolver projetos em cada área que a comunidade brasileira tinha carência de apoio. E, assim, criamos nossos comitês de atuação”, explicam as líderes.

As causas em que o Grupo Mulheres do Brasil atua são chamadas de comitês. Em Nova York, essas causas se dividem em Arte e Cultura, Combate à Violência contra a Mulher, Educação, Transição Cultural, Empreendedorismo, Integração Social, Inserção do Imigrante, Políticas Públicas e Saúde.

“Nosso impacto começa no acolhimento da mulher brasileira que muitas vezes não sabe como recomeçar sua vida num novo país e se sente sozinha. A contribuição de todas essas mulheres se transforma, então, numa força de transformação que acaba impactando muitos mais brasileiros”, diz Alejandra Merklen.

Em pouco mais de três anos, considerando inclusive o período da pandemia, as ações já consolidadas mostram que o Núcleo Nova York já vem fazendo a diferença na vida das brasileiras e dos brasileiros imigrantes: produção Cartilha da Mulher, Cartilha da Criança e do Adolescente, Plano de Ação Familiar NY; acolhimento de vítimas de violência; pontos de leitura de português; workshops e seminário de Empreendedorismo; Contaí ( projeto para dar visibilidade aos artistas brasileiros); Sistema de informação contínua sobre legislação imigratória e de benefícios para o imigrante; mapeamento da comunidade brasileira da região; orientações sobre a Covid-19 durante a pandemia. Além de projetos desenvolvidos com parceiros, como o Inglês para Mulheres em Situação de Violência Doméstica, com o Consulado Geral do Brasil em Nova Iorque.

“O nosso trabalho é muito gratificante porque podemos ver o resultado das nossas ações, de forma direta, na comunidade imigrante brasileira”, conclui Eliane Mazzola Garcez.

A iniciativa faz parte da estratégia de expansão do Grupo que vem transformando realidades a partir do envolvimento da sociedade civil em ações que estimulam a participação e o protagonismo feminino nas diversas temáticas em que o Grupo atua. “Estamos presentes em 151 diferentes localidades. Com a abertura dos Núcleos no exterior, como é o caso de Nova York, o Grupo cresce não apenas em número de participantes, mas ampliando a capacidade de transformação e propiciando o engajamento de mais mulheres no Movimento”, afirma Lilian Leandro, diretora de Expansão do Grupo Mulheres do Brasil.