Nos seus tempos de glória, o PT era acusado por aliados de perseguir um hegemonismo, porque, além de comandar o país, ainda queria ter a preferência na hora de escolher os candidatos da esquerda a governos estaduais, ao Senado e às principais prefeituras. A não ser em casos excepcionais ou de menor importância, o partido sempre resistia a abrir espaços aos parceiros.
Havia certa megalomania no ar. Petistas planejavam ficar na administração federal por pelo menos vinte anos, exatamente como os tucanos. Ambos fracassaram. Petistas também chegaram a prever a eleição de uma bancada de 100 deputados federais. Não deu certo. Agora na oposição e sem o poder de outrora, a legenda parece disposta a mudar de comportamento e, com o objetivo de formar uma ampla aliança em torno de Lula, já desistiu de candidaturas próprias em alguns estados. Outras concessões estão em negociação. A prioridade é fortalecer a campanha do ex-presidente ao Palácio do Planalto.
Em troca dessa vitória, todo e qualquer esforço é válido, até a suspensão de projetos eleitorais de outros expoentes do partido. Na eleição que promete ser a mais disputada da história recente, estrelas do PT irão para o sacrifício em nome de Lula.
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