Quem entra no site da Dizu encontra uma empresa voltada para dois públicos que são um espelho do nosso tempo: “pessoas que desejam se tornar famosas” e “pessoas que possuem interesse em ganhar uma renda extra pela internet”. Trocando em miúdos, ela conecta digital influencers (ou aspirantes) a qualquer um precisando de dinheiro. O que esta mão de obra precisa fazer para ganhar uns trocados? Curtir e comentar postagens sem parar e/ou assistir a vídeos em looping para, claro, inflar os números de contas em Instagram, TikTok, Facebook e YouTube.
Este “ecossistema”, também usado por celebridades e políticos para tentar enganar o algoritmo das plataformas, é chamado de “fazenda de cliques” (click farm, em inglês) e tem ganhado terreno no Brasil atolado pela crise econômica. Além da Dizu, Ganhar no Insta, Kzom e outras empresas oferecem este tipo de serviço e, no fim das contas, botam em xeque a forma como o “mercado de influência” se organiza e atua. Afinal, quem tem mais seguidor é realmente mais influente? Aquela postagem com tantos comentários, de fato, “bombou”?
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