Base de negociações políticas no Congresso, as emendas de relator do Orçamento estão emperradas no começo deste ano. Mais de 430 deputados e senadores já apresentaram proposta para destinar recursos para suas bases eleitorais, mas os R$ 16,5 bilhões reservados para as emendas estão praticamente parados.
Líderes do Congresso afirmam que o atraso na liberação da verba parlamentar está ligado à estratégia de fortalecer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na corrida pela reeleição ao comando das Casas, no início de 2023.
Segundo esses parlamentares, o represamento inusual dessas verbas —em anos eleitorais geralmente ocorre o contrário, ou seja, as emendas são liberadas mais cedo devido às restrições da legislação— tem o objetivo de contemplar com emendas o novo Congresso eleito em outubro, que é quem vai decidir a nova cúpula das duas Casas. As eleições ocorrem geralmente em 1º de fevereiro.
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