Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Áudio: padre diz que, no passado, teriam ateado fogo em rádio que revelou escândalo sexual de pároco com noivo no RN, por Carla Rocha e Pâmela Dias/O Globo

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Procurado, Murilo de Paiva afirmou que fez apenas uma contextualização histórica e que o colega afastado pela Arquidiocese de Natal não cometeu crime. Padre diz que "outros tempos" já teriam tocado fogo em rádio após repercussão de caso homoafetivo em igreja do RN — Foto: Reprodução

 

 

O escândalo sexual envolvendo um padre que teria mantido relações sexuais com o noivo de uma fiel balança as estruturas da Igreja no Rio Grande do Norte e tem mobilizado fiéis e religiosos. Irritado com as notícias, que foram divulgadas primeiramente por uma rádio local, o padre Antônio Murilo de Paiva, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no município de Parnamirim, reagiu de forma agressiva durante celebração de missa, neste domingo (5), ao dizer que “em outros tempos”, o jornalista Gustavo Negreiros, responsável pelo furo de reportagem, “teria uma arma apontada para a cabeça” e “comeria o jornal”. O padre disse ainda que já teriam colocado “fogo” na rádio.

“Se fosse em outro tempo, do Frei Damião, ele já teria organizado o povo para tocar fogo naquela rádio que fala mal dos padres. Você sabe que padres tinham exércitos. Era comum andarem com o 38 “de banda”. Eu vi isso várias vezes”, afirmou Murilo. Frei Damião foi um padre italiano radicado no Brasil, tendo fincado seu sacerdócio em Pernambuco e ficou conhecido por suas ações de caridade e por um grave problema na coluna que o fazia caminhar curvado. Por muitos nordestinos, é considerado santo e encontra-se em processo de beatificação e canonização desde 31 de maio de 2003.

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