Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Bruno Pereira virou "alvo ainda maior" após sair da Funai; DW

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Indigenista licenciou-se do órgão ao concluir que não conseguiria realizar seu trabalho no governo Bolsonaro, e passou a atuar de forma independente para ajudar povos indígenas. Seu corpo foi identificado neste sábado. Como consultor independente, Bruno Pereira ajudou povos indígenas a desenvolver um programa de vigilância para reduzir a pesca e a caça ilegaisFoto: Ueslei Marcelino/REUTERS

 

 

Antes de desaparecer na floresta amazônica, o indigenista Bruno Pereira, cujo corpo foi identificado neste sábado (18/06), estava criando as bases para um empreendimento gigantesco: uma trilha de 350 quilômetros que marcaria a fronteira sudoeste do território indígena do Vale do Javari, uma área do tamanho de Portugal.

O objetivo da trilha é evitar que pecuaristas invadam o território Javari, e foi apenas o esforço mais recente de Pereira para ajudar os povos indígenas a proteger seus recursos naturais e estilos de vida tradicionais.

Embora Pereira perseguiu esses objetivos por muito tempo como especialista na Fundação Nacional do Índio (Funai), nos últimos anos ele trabalhava como consultor da organização indígena do Vale do Javari. Isso porque depois que Jair Bolsonaro assumiu o cargo de presidente, em 2019, a Funai passou a adotar uma abordagem menos ativa para proteger a terra e o povo indígena, e o governo passou a promover de forma aberta o desenvolvimento em detrimento da proteção ambiental.

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