Porto Alegre, sexta, 17 de maio de 2024
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Fila de espera por transplante no País cresce 30,4% e chega a 50 mil pessoas, por Leon Ferrari/O Estado de São Paulo

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Pandemia contribuiu decisivamente para a piora do quadro; pacientes e familiares ficaram com receio de se movimentar e o sistema de saúde estava sobrecarregado. Sala de hemodialise no Hospital do Rim, na zona sul de Sao Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

 

 

Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Enquanto isso, a lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil. Foi um crescimento de 30,45% desde o início da pandemia de covid-19.

A crise sanitária causou aumento nas contraindicações médicas de doação e represamento de procedimentos, além de ampliar as mortes de pacientes em lista de espera. Mesmo com o aparente arrefecimento da pandemia, os dados do primeiro trimestre não são animadores, na visão de especialistas.

Presidente da Abto, Gustavo Ferreira destaca que a pandemia desestruturou o programa de transplante no Brasil, ao provocar impacto negativo no número de procedimentos e de doações, que vinham em alta. A queda se deu, explica Ferreira, por dois motivos principais: insegurança de movimentar um paciente debilitado e expô-lo ao vírus e por causa da pressão no sistema de saúde, que paralisou alguns centros de transplante e reduziu a ação de outros.

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