Porto Alegre, terça, 30 de abril de 2024
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Recessão global deve mudar a dinâmica do mercado de petróleo mais uma vez, por Adriano Pires/O Estado de São Paulo

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Com certeza estamos vivendo a maior crise de energia desde os dois choques do petróleo nos anos 1970; é provável que a saída para reduzir o preço do barril de petróleo e desacelerar as taxas de inflação será um aumento dos juros. Tensão na Ucrânia tem feito o preço do petróleo oscilar Foto: Nick Oxford/Reuters

 

 

Parece que o rali dos preços do barril do petróleo vai continuar. O presidente do JPMorgan aposta num barril a US$ 175, o Goldman fala num petróleo na média de US$ 125. O mundo inteiro busca saídas para conter o aumento dos combustíveis que está provocando uma inflação galopante por toda a parte.

De 1985 a 2021, o crack spread – diferença entre o preço do petróleo e dos refinados – foi em média de cerca de US$ 10,50 por barril. Agora subiu para uma alta histórica de quase US$ 61. Pouquíssimas novas refinarias entrarão em operação nos próximos 18 meses, sugerindo que as margens podem continuar altas neste ano e em 2023.

Diante deste cenário, diferentes países vêm adotando soluções semelhantes: reduções de impostos e mesmo subsídios para a gasolina e o diesel. A lista dos 11 países europeus que cortaram impostos são: Bélgica, Croácia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Holanda, Polônia, Portugal, Suécia e Reino Unido. Nos Estados Unidos, vários Estados, entre eles Nova York, estão suspendendo ou congelando a cobrança de imposto que incide sobre os combustíveis.

O próprio presidente Biden pediu que as refinarias reduzam seus preços e, consequentemente, seus lucros. No Japão, o governo está dando um subsídio para os fornecedores de petróleo não passarem os reajustes aos consumidores.

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