Porto Alegre, quinta, 18 de abril de 2024
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Com 33 milhões de brasileiros sem comida, fome pede soluções urgentes, por Taísa Medeiros/Correio Braziliense

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A campanha eleitoral fez o tema emergir nos discursos dos pré-candidatos à Presidência da República com mais intensidade. Criança enfrenta a lama para levar para casa uma cesta básica doada: 33 milhões de brasileiros não conseguem se alimentar adequadamente - Marcello Casal Jr/Agencia Brasil

 

 

Quem tem fome, tem pressa, dizia o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Imortalizado na canção O bêbado e o equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco, na voz de Elis Regina, Betinho mobilizou o país na luta pela ética na política, pelo combate à fome e à miséria, e na defesa da vida, na década de 1990. Hoje, mais de 33 milhões de pessoas se encontram em situação de insegurança alimentar grave no Brasil, segundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. A campanha eleitoral fez o tema emergir nos discursos dos pré-candidatos à Presidência da República com mais intensidade.

O atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL-RJ) disse, em sua passagem pelos Estados Unidos, na primeira quinzena de junho, que a economia do Brasil vai “muito bem”. No discurso que fez na Cúpula das Américas, Bolsonaro mencionou dados para sustentar que o Brasil alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo. “Garantimos a segurança alimentar de um sexto da população mundial”, afirmou, ignorando os números internos que apontam para o avanço da fome no país.

Em outra ocasião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente e um dos membros mais ativos na campanha da reeleição, contestou os dados, e argumentou que as famílias beneficiárias do Auxílio Brasil, com valor mensal de R$ 400 do governo federal, podem passar por dificuldades, mas não quer dizer que não tenham o que comer.

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