Porto Alegre, terça, 30 de abril de 2024
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Milton Ribeiro ignorou alertas sobre “comportamento estranho” de pastores no MEC, relatam servidores, por Julia Affonso, Pepita Ortega, Rayssa Motta e Fausto Macedo/O Estado de São Paulo

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Funcionários relataram que, no ano passado, então ministro da Educação recebeu religiosos em sua casa, em Brasília. O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro com os pastores Gilmar Santos (centro) e Arilton Moura. FOTO: CATARINA CHAVES/MEC

 

 

Servidores do Ministério da Educação relataram à Controladoria-Geral da União (CGU) “desconforto” com a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na pasta e um “comportamento estranho” dos religiosos. Disseram ter alertado o então ministro Milton Ribeiro, diversas vezes, no ano passado, sobre o “perigo” que a dupla poderia representar para o MEC. Mesmo assim, Ribeiro manteve encontros com os pastores.

A relação de Milton Ribeiro e Arilton Moura era tão próxima que o ex-ministro tentou emplacar o religioso na pasta. O pastor achou o valor do salário, de cerca de R$ 1o mil, baixo.

A chefe da assessoria de agenda do gabinete do ministro da Educação, Mychelle Braga, contou que “nenhuma pessoa ou outra autoridade esteve naquelas dependências com a frequência do pastor Arilton”. Segundo o ex-assessor do MEC Albério Júnior Rodrigues de Lima, a partir de maio de 2021, Milton Ribeiro “concedeu espaço ainda mais privilegiado à dupla, quando passou a recebê-los em sua própria residência”.

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