Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Governo deflagra ofensiva no Congresso e no Supremo contra CPI do MEC, por Rosana Hessel, Fernanda Strickland e Taísa Medeiros/Correio Braziliense

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Oposição protocola pedido de abertura de comissão, mas base do governo tenta convencer senadores a retirar apoio e pretende recorrer à Justiça contra instalação. Executivo acelera liberação de recursos do orçamento secreto. O governo teria escalado Flávio Bolsonaro e Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, para liderarem as investidas contra a CPI - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

 

 

O governo deflagrou uma ofensiva para tentar barrar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação, destinada a investigar denúncias de corrupção e tráfico de influência na pasta. O requerimento para a criação do colegiado foi protocolado, ontem, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No contra-ataque, a base governista busca convencer colegas a retirarem a assinatura do documento e pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que priorize a instalação de outras CPIs que aguardam na fila. Além disso, foi agilizada a liberação de recursos do orçamento secreto.

Conforme levantamento da Associação Contas Abertas junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), apenas entre 22 de junho — data da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro — e 27 de junho, foram pagos R$ 4,3 bilhões em emendas do relator, o equivalente a 86% dos R$ 4,97 bilhões pagos neste mês (veja quadro). O valor é o maior registrado para esse tipo de emenda em qualquer mês do ano, desde 2020, de acordo com o especialista em contas públicas Gil Castello Branco, secretário-geral e fundador da Contas Abertas. Ele lembrou que a diferença, de R$ 675,1 milhões, foi referente ao pagamento de restos a pagar de emendas de anos anteriores.

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