Porto Alegre, quinta, 02 de maio de 2024
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José Serra foi único senador a votar contra PEC que amplia benefícios às vésperas da eleição, porIander Porcella/O Estado de São Paulo

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Senador do PSDB argumentou que o pacote viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e fura o teto de gastos; medidas, na visão dele, vão levar a uma perda da credibilidade fiscal, o que pode alimentar a inflação e levar o BC a elevar ainda mais os juros. Senador José Serra (PSDB-SP) foi contra a PEC por acreditar que a credibilidade fiscal ficaria comprometida Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 1/2/2021

 

 

O senador José Serra (PSDB-SP) foi o único a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição e decreta estado de emergência para blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de punições da Lei Eleitoral. Serra argumentou que o pacote viola a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e fura o teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo. As medidas, na visão dele, vão levar a uma perda da credibilidade fiscal do País, o que pode alimentar a inflação e levar o Banco Central (BC) a elevar ainda mais os juros.

“O pretexto foi defender quem mais precisa, mas isso deveria ser feito de outra forma. O governo enviaria projeto de lei e créditos extraordinários, sinalizando controle e governança”, disse o senador, em publicação no Twitter. Após a inclusão de novas benesses, o custo do “pacote do desespero”, como técnicos passaram a chamar a PEC, ficou em R$ 41,25 bilhões fora do teto.

Para blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de eventuais punições da Lei Eleitoral, foi incluído na PEC um estado de emergência nacional, criticado pela oposição, que, apesar disso, votou a favor da proposta. A legislação impede, em situação normal, a ampliação ou adoção de benesses em ano eleitoral, exceto em caso de estado de emergência ou calamidade.

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