O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em uma nova fase da pré-campanha pelo Palácio do Planalto e passou a encontrar agentes econômicos em jantares. Ao mesmo tempo, em público, o petista mantém ataques ao mercado, às privatizações, à reforma trabalhista e ao teto de gastos – regra fiscal que limita o crescimento das despesas públicas à inflação. A princípio fechado para reuniões com empresários e banqueiros, como mostrou o Estadão, Lula agora investe na aproximação com o chamado PIB – o grupo de atores dos principais setores da economia brasileira.
Os primeiros encontros se deram nas duas últimas semanas. O movimento, porém, ainda enfrenta resistência no empresariado, sobretudo em virtude de posicionamentos econômicos que remetem, não ao primeiro mandato de Lula (2003 a 2006), quando o governo entregava superávit primário ao arrecadar mais do que gastar, mas à gestão de 2006 a 2010 e às administrações Dilma Rousseff (PT). Nesse período, houve deterioração das contas públicas e inchaço da máquina, por exemplo.
A partir deste mês, o foco, segundo articuladores, é dialogar com federações da indústria, do comércio e do agronegócio. O encontro mais emblemático, na palavra de um dirigente da campanha, é o jantar que será realizado amanhã na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na próxima semana, Lula pretende se reunir com dirigentes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), durante viagem a Brasília.
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