O Parlamento Europeu aprovou, nesta quinta-feira (7), uma resolução condenando a situação precária dos povos indígenas, dos defensores dos direitos humanos e ativistas ambientais no Brasil. A resolução foi aprovada em sessão plenária em Estrasburgo por 362 votos a favor, 16 contra e 200 abstenções. Com isso, o executivo europeu exige uma investigação “imediata, exaustiva, imparcial e independente” sobre as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no último dia 5 de junho, durante uma viagem pelo Vale do Javari, segundo maior território indígena do Brasil, no extremo-oeste do Amazonas.
Bruxelas pede uma melhor proteção dos índios e dos ativistas que lutam pela defesa dos direitos humanos e ambientais no país. A deputada do Partido Verde e vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu para o Brasil, Anna Cavazzini, afirmou que “os assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira são horríveis e infelizmente não são um caso isolado. É um forte sinal de que o Parlamento Europeu condena os assassinatos cada vez mais frequentes de indígenas e defensores do meio ambiente no Brasil e identifica, evidentemente, a responsabilidade do governo Bolsonaro na crescente violência contra os povos indígenas, bem como nas crescentes taxas de desmatamento associadas a isso.”
O desaparecimento e morte de Dom Phillips e Bruno Pereira repercutiram amplamente na mídia europeia. As declarações das ONGs Repórteres Sem Fronteiras, Anistia Internacional, Survival International, Greenpeace, Human Rights Watch, Fundo Mundial para a Natureza e União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA) tiveram um grande impacto nos eurodeputados, que manifestaram, ainda, profunda preocupação com outras questões.
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